COMO TUDO MUDOU - EVOLUÇÃO DAS IT GIRLS
- tthaisgregorio
- 23 de set. de 2017
- 2 min de leitura
O termo “It girl” surgiu em 1927 e foi usado para descrever a atriz Clara Bow, que estrelou o filme do mesmo nome, uma comédia romântica do cinema mudo, dirigido por Clarence G. Badger. Segundo Elaine Shepherd, que produziu um documentário sobre Clara décadas depois, ela possuía “autoconfiança e indiferença em relação a agradar, ao mesmo tempo que dá a impressão de que não se trata de frieza”. Mais tarde, o termo passou a ser usado para descrever as perfiladas da revista Vogue americana e assim se tornou a maneira de tratar garotas que possuíam uma característica que as tornava diferente das outras. No Brasil, a jornalista Ale Garatonni foi uma das responsáveis por popularizar esse termo no Brasil com o blog homônimo, que existiu entre 2007 a 2010, e falava sobre as características que tornavam as It Girls em It.
As It Girls, normalmente, eram figuras públicas de bastante exposição, como modelos, atrizes e celebridades. Entretanto, com o boom dos blogs e de outras mídias sociais, no século 21, quem ocupa esse papel na sociedade são blogueiras e influencers, que conseguem traduzir tendências na forma de se vestir, tornando a moda mais democrática, pois estão mais próximas do seu público. Os blogs e canais na internet ocuparam o espaço de outros veículos midiáticos, pois os seguidores confiam mais na autenticidade das informações quando elas são referendadas por quem entende do assunto.
Essa mudança aconteceu entre a transição da primeira onda dos blogs (FINDLAY, 2015), em que o conteúdo era pessoal e tratava da vida e do cotidiano das It girls, para a segunda onda dos blogs – em que começam as parcerias comerciais, o conteúdo começa a se difundir com publicidade e há uma evolução no estilo, com roupas cedidas pelas marcas (normalmente grifes renomadas). Nesse ponto, elas passam a ter acesso a eventos de moda, como os principais desfiles do mundo, e ganham o olhar do mundo todo.
As influencers conhecidas como It girls são consideradas autênticas e são inspiração para outras pessoas, ajudando seus seguidores a criarem sua identidade por meio do ato de se vestir, que é parecido com o dessas meninas. Como Lipovetsky diz em seu livro Império do Efêmero, “é preciso ser como os outros e não inteiramente como eles, é preciso seguir a corrente e significar um gosto particular” (1987).
Dessa forma, o ato de influenciar e criar tendências passa ser inerente a essas garotas, que veem o vestir como uma forma de prazer e diversão.

Todas as imagens presentes neste Projeto são de banco de imagens gratuitos como o Unsplash e o Freepik, ou retiradas dos blogs e redes sociais de figuras públicas, todos devidamente creditados. Os infográficos e ilustrações foram feitos pela designer colaboradora, Flávia Takagaki.
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